
Ser como como o Vento
é meu desejo...
Nuvens e mares encrespar,
cruzar o firmamento,
na louca inquietação
de ser poeta
e nada ser...
Guirlandas de pétalas tecer
nas campinas estendidas, pôr dentro das conchas
o ruido do mar...
Perfumar de rosas
todos os caminhos.
E passar!
Ó Brisa Zíngara, de asas transparentes
irriquieta e suave
a sussurrar cantigas...
Deixa-me ser tua irmã!
Deixa-me reter tua essência perfumada
e o mistério das noites de verão,
no fundo dos meus olhos deslumbrados!
Quero ser vento, perpétuo movimento,
murmúrios, ecos nos vales...
Mistério, nuvem que passa,
contínua e eterna mutação!
Cezarina Macedo/fev.2011.
IMAGEM: PINTURA DE JOSEPHINE WALL.
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